“Dezembro Verde” alerta população sobre o abandono de animais

A Campanha “Dezembro Verde” nasceu no Ceará, criada pelo protetor animal Alex Paiva, e logo se espalhou para várias cidades do Brasil, com a intenção de conscientizar sobre o abandono de animais. A ideia é combater esse triste cenário que tende a se agravar principalmente nos meses de dezembro a fevereiro em razão das férias, viagens e festas de final de ano. Em alguns municípios esse número aumenta em até 70%.

O mês de dezembro foi escolhido para a campanha, porque justamente no dia 10 de dezembro ocorre o Dia Internacional dos Animais. Além de ressaltar a luta contra o abandono, a campanha também traz a discussão temas como a conscientização das leis, do crime de abandono e questões de saúde pública.

Os números do abandono de animais

Os animais são abandonados em parques, praças, estradas, porta de petshops e em frente a comércios.

Segundo uma pesquisa feita pela World Veterinary Association (Associação Veterinária Mundial) há cerca de 200 milhões de cães abandonados no mundo. No Brasil, os dados da Organização Mundial da Saúde estima que existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. 

Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados. No interior, em cidades menores, a situação não é muito diferente. Em muitos casos o numero chega a 1/4 da população humana, o que acaba acarretando também um problema de saúde pública.

Boa parte dos animais que são recolhidos das ruas e até mesmo aqueles que são resgatados por maus trados acabam tendo como destino as ONGs e associações protetoras independentes, que realizam um trabalho admirável, porém, nada fácil. Muitos precisam de cuidados especiais como castração, vacinas, alimentação, vermífugo entre outros. Para manter o atendimento muitas delas recorrem a doações voluntárias. Na maioria dos casos isso não é o bastante para enfrentar as dificuldades do dia a dia, além disso, com os reflexos da crise o número de pessoas que ajudam com as despesas acabam diminuindo.

Abandono é crime!

O abandono de animais nas ruas se tornou um grave problema para as cidades. Basta sair de casa e andar por pouco tempo que, inevitavelmente, você irá se deparar com um cão ou gato que vive abandonado nas ruas. Eles são abandonados em parques, praças, estradas, porta de petshops e em frente a comércios.

Abandonar animais é crime previsto em Lei (9.605/98). Além de cruel e desumano, quem abandona animais em logradouros públicos deve ser punido com prisão, multa e perda da guarda do animal, de acordo as leis vigentes.

Solução: guarda responsável e controle populacional

A guarda responsável é uma das soluções para reduzir o número de animais nas ruas


O abandono precisa acabar: Antes de decidir ter um animal de estimação às pessoas precisam avaliar: a rotina da casa (família), o espaço físico, as características do animal, o tempo de dedicação a ele (atenção e passeios) e o principal, os gastos com alimentação, medicamentos e vacinas. E não é só os vira-latas (SRD)! Ao contrário das estatísticas e do que muita gente pensa, animais de raça também são vítimas do abandono, que normalmente acontece quando envelhecem, ficam doentes ou em situações de mudança dos donos para um lugar menor.


A adoção responsável deve ser promovida!
Ao tomar a decisão de levar um animal para casa, deve-se ter consciência de que eles têm necessidades, geram gastos, vivem por muitos anos e, algumas vezes, tem comportamentos imprevisíveis. Antes de comprar um animal, entre em contato com uma ONGs confiável e veja se existe algum animal que se enquadra no seu perfil. A adoção responsável é um gesto nobre!


A castração deve ser incentivada!
O tema é mais complexo e exige sensibilidade das pessoas. O aumento do número de cães e gatos abandonados é uma realidade e a castração ajuda no controle populacional desses animais e de doenças que podem ser transmitidas ao homem como por exemplo a leishmaniose.


Fonte:
www.estudopratico.com.br
www.anda.jor.br

Fotos: IStock

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